Aprenda como fazer o seu planejamento financeiro pessoal e saia da crise

O planejamento financeiro pessoal é uma técnica indispensável para quem quer obter sucesso na vida pessoal e profissional. Quando há falta de dinheiro, diversos problemas podem aparecer no cotidiano de um indivíduo. Vários são os males da falta de controle financeiro, como pagamento de multas e de juros, restrição de crédito e o famoso “nome sujo”, maior nível de estresse, discussões familiares etc.

Para ter uma vida financeira sadia e, assim, poder usufruir dos benefícios de se ter uma conta bancária com saldo “azul”, você deve aprender a lidar com o dinheiro. Com o conhecimento de algumas ferramentas, mudanças de hábitos e uma dose de disciplina, você terá uma grande melhoria na sua situação financeira.

Veja, em seguida, como você pode se programar para fazer um uso racional do dinheiro e, dessa forma, poder realizar sonhos e objetivos sem se “afogar em dívidas”. Confira!

Entenda o que é planejamento financeiro pessoal

Agir por impulso é um grande problema na maior parte das situações do dia a dia. Quando não se pensa antes de se tomar uma decisão, o risco de se ter uma atitude prejudicial é alto. Já imaginou se o piloto de um avião tivesse que fazer um conserto na aeronave em pleno voo? É até difícil de raciocinar um caso assim, não é mesmo? Contudo, podemos comparar alguém que não faz o planejamento financeiro pessoal com um piloto que não realiza o chamado “plano de voo”.

Na gestão das finanças, agir ou não com antecipação pode ser a diferença entre ter sucesso ou fracasso quando se trata de dinheiro. Quem não controla os gastos e faz constantemente as “contas de cabeça” aumenta as chances de cair em um endividamento crônico, do qual é bastante difícil sair sem alguns traumas ou “tombos” na vida.

Uma forma de gastar com consciência é realizar o planejamento financeiro pessoal. Você pode se perguntar: “O que isso quer realmente dizer?”. Na prática, significa decidir com antecedência os rumos da sua vida financeira, de modo que haja sobra e não falta de dinheiro no final de cada mês.

O planejamento pode ser comparado hoje em dia ainda a um aparelho de GPS, afinal, com esse instrumento de gestão é possível se orientar para não se perder no caminho. É claro que, tal qual na vida real, na gestão financeira você também precisa inserir no seu “GPS/planejamento” o destino para onde quer ir. Nesse caso, tratam-se dos objetivos que você quer realizar no curto, no médio e no longo prazo.

Uma vez diagnosticado o seu atual estágio de vida, e definidos os seus objetivos financeiros, é necessário traçar estratégias para se alcançar os propósitos almejados. Por exemplo, você pode querer comprar uma casa, adquirir um carro, realizar uma viagem, fazer uma festa de casamento etc. Assim, é preciso definir “como” chegará até lá. Lembre-se de que, além de estabelecer objetivos, você tem que possuir metas com as quais fará uma “quantificação” dos seus propósitos. Nesse sentido, uma meta seria comprar uma casa de dois quartos no valor X, daqui a Y meses ou anos.

Perceba que ninguém faz economia apenas com o objetivo final de poupar, não é mesmo? No fundo, o indivíduo precavido gasta menos do que ganha devido a algum motivo, como ter um futuro tranquilo, sem precisar de empréstimos. Depois de você também definir os próprios objetivos, saiba que o planejamento financeiro pessoal será uma técnica que contribuirá bastante para que você consiga realizar as suas metas.

Com o planejamento, você pode prever obstáculos no trajeto escolhido para conseguir os seus objetivos e, com antecedência, realizar mudanças na sua vida financeira. Assim, é mais vantajoso trabalhar com “simulação” do que perder a mão nas contas e se endividar, para aprender “na marra”, não é mesmo? Nesse contexto, ao se planejar é como se você antes construísse uma estrada segura, que lhe levasse até o destino pretendido: o sucesso financeiro. Depois de criada essa rota, você tem a função de garantir que não sairá do caminho traçado antes de conquistar as próprias metas.

Saiba como fazer um planejamento financeiro

Seja na escola básica ou até mesmo no ensino superior, nem sempre as pessoas adquirem conhecimentos de educação financeira. Por isso, é comum elas terem dificuldades para lidar com o dinheiro, quando adultas. Se esse também é o seu caso, não se preocupe, pois é possível aprender algumas técnicas para melhorar de forma significativa as suas finanças.

Para ter sucesso no seu planejamento financeiro pessoal, você deve fazer antes uma avaliação criteriosa da própria vida. Uma frase antiga diz que qualquer caminho serve para quem não tem um destino certo. Jamais utilize essa “estratégia” na organização das suas finanças. Em vez disso, procure ter objetivos e metas claras o suficiente, de modo a não perder de vista aonde você quer chegar.

Depois de cumprir essa “lição de casa”, você deve fazer um diagnóstico preciso da sua vida financeira. Em primeiro lugar, deve identificar as suas receitas (o que recebe) e as suas despesas (o que gasta) habitualmente. Esse exercício, por si só, já servirá para trazer uma mudança radical na vida de muitas pessoas que não possuíam o costume de avaliar as próprias finanças. Busque anotar em algum lugar de fácil visualização, como caderno, aplicativo ou planilha eletrônica, a sua renda e os seus gastos.

Quem é assalariado, via de regra, só possui esse tipo de renda, que por sinal geralmente tem data fixa para chegar. Porém, o profissional independente possui receitas variadas ao longo de um mês, por exemplo, como consequências das vendas realizadas no período. Já com relação às despesas, é comum as pessoas terem vários tipos de gastos mensais. O estudo de tudo o que entra e do que sai da sua vida financeira servirá para que você possa se planejar com mais conhecimento de causa e, assim, evitar uma programação “fora da realidade”.

Lembre-se de que o primeiro objetivo num planejamento financeiro pessoal é que a renda total seja suficiente para quitar todos os gastos. Sem essa condição, é como ter furos no casco de um navio, que só levam a um naufrágio ou “endividamento crônico”. O passo seguinte é gerar sobra ou excedente financeiro. Com esse dinheiro não gasto, é possível formar uma poupança, investir e conquistar objetivos e metas.

Para tornar essa realidade palpável, você deve elaborar um orçamento pelo qual poderá executar o planejamento financeiro pessoal. Recorda da ideia de agir por antecipação? Então, ao fazer o orçamento é como se você simulasse os gastos antes de realizá-los de verdade. Logo, fica mais fácil fazer ajustes e, com isso, manter o equilíbrio financeiro.

Com base nas suas receitas, você deve definir as suas despesas. Inicialmente, é recomendável começar pela listagem dos gastos fixos, ou seja, daqueles que possuem os mesmos valores todos os meses, como prestação da casa ou aluguel, parcela de um financiamento etc. Em seguida, passa-se para os gastos variáveis, os quais oscilam mensalmente, como despesas de telefone, água, energia etc.

O ideal é que você separe parte da sua renda para a formação de uma reserva de emergência, para gastos inesperados. Dessa maneira, evita transtornos e necessidade de empréstimos em caso de imprevistos. Com o restante das receitas você pode estabelecer porcentagens para grupos de despesas, como moradia, educação, saúde, transporte, lazer, alimentação, entre outros.

Com limites claros para cada categoria de gastos, fica mais fácil controlar as despesas, já que se tem um teto para não ultrapassar. A vantagem do orçamento, como parte do planejamento financeiro pessoal, é que você pode fazer a previsão das receitas e a fixação das despesas antes mesmo de ganhar e de gastar o dinheiro. Assim, consegue fazer ajustes para que as contas não ultrapassem os limites estabelecidos.

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Se em algum mês houver a necessidade de mais gastos em uma categoria, como o pagamento do licenciamento de veículo no início do ano, é possível remanejar recursos de uma categoria para outra e, dessa maneira, manter o equilíbrio do orçamento como um todo.

Tenha em mente que você deve acompanhar a execução do seu planejamento financeiro pessoal, por exemplo, com a comparação entre o que foi orçado e o que foi realizado. Só assim você saberá se de fato está “andando nos trilhos”.

O conhecimento prévio dos limites de gastos também contribui para que você evite a chamada “contabilidade mental”, que é fazer contas de cabeça e correr o risco de esquecer algum gasto importante. Quem faz isso tende a extrapolar o orçamento mensal, por achar que ainda tem dinheiro de sobra para despesas.

Descubra como separar o seu dinheiro e o da empresa

Para ter um planejamento financeiro pessoal eficaz, que contribua para a geração de recursos, você deve ter duas “frentes de trabalho”: uma é economizar, outra é ganhar mais. Para cumprir a segunda parte dessa orientação, muitas pessoas buscam empreender. Nesse sentido, montar o próprio negócio significa a abertura de uma oportunidade de criação de renda, a qual muitas vezes supera a receita salarial, principalmente, se a pessoa se dedica com afinco à atividade empresarial.

Ainda assim, há muito empreendedor que não separa o próprio dinheiro do capital do negócio. Como consequência da mistura de contas, muitas vezes surge a morte prematura de empresas. Desde antes do início do negócio, é necessário separar o dinheiro da pessoa física e o da pessoa jurídica. Não raro, o indivíduo cede à tentação de tirar recursos do caixa do negócio para pagar despesas pessoais. Contudo, essa atitude só serve para prejudicar a empresa e, com o tempo, levá-la à falência.

Se o negócio tem um grande faturamento num determinado mês, o dono pode achar que o valor pode ser usado livremente, porém, é preciso descontar uma série de custos da manutenção do negócio, como pagamento de fornecedores, infraestrutura, impostos etc. O dinheiro livre é o lucro líquido, ou seja, a quantia que sobra após descontadas todas as obrigações do negócio. Em alguns casos, pode até haver prejuízo.

Portanto, para não atrapalhar a gestão da empresa, o proprietário precisa separar o planejamento financeiro pessoal da administração do negócio. Uma maneira de se fazer isso é reservar uma espécie de salário por mês, proveniente do lucro líquido da atividade empresarial. Ainda assim, lembre-se de que parte desse lucro deve ser reinvestido no negócio, por isso, não queira “matar a galinha dos ovos de ouro”.

Com o seu “salário”, você fará a gestão das suas finanças pessoais, enquanto isso, a administração do negócio será feita de forma independente. Embora a ferramenta “fluxo de caixa” seja bastante difundida no meio empresarial, você também pode aplicá-la à sua situação financeira pessoal. Com essa ferramenta, é possível monitorar as entradas (receitas) e as saídas (despesas) de um negócio ou de um indivíduo. Para que esse instrumento seja eficaz, é preciso que todo ganho e gasto sejam anotados.

Ao registrar essa movimentação financeira, você descobrirá as origens e os destinos do seu dinheiro. Dessa maneira, não ficará na dúvida sobre para onde vai os recursos financeiros provenientes do seu negócio. Outra vantagem do fluxo de caixa é que, com ele, você poderá dimensionar o capital de giro necessário para a manutenção da sua empresa. Por exemplo, se você vende a prazo, mas paga os fornecedores à vista, terá que dispor de dinheiro em caixa para honrar esses compromissos até receber os valores totais das vendas.

Nesse ponto, muitos empreendedores inexperientes fazem retiradas do caixa do negócio quando ele está cheio, mas se esquecem das épocas em que precisarão pagar fornecedores e demais custos de manutenção da empresa. Ao gastarem parte do dinheiro do caixa do negócio, esses empresários passam dificuldades para permanecer com a atividade, justamente pela falta de capital de giro. Para evitar isso, separe bem as suas contas das do seu negócio.

Aprenda como economizar no dia a dia

Em um ano, o período de um mês pode parecer curto, mas se pensarmos bem é tempo suficiente para se cometer alguns exageros nas finanças pessoais. Quem não elabora o planejamento financeiro pessoal e não controla as contas, facilmente cai no endividamento, por gastar mais do que podia.

Para não ser pego em armadilhas, você deve fazer uma série de perguntas antes de adquirir alguma coisa, como: “preciso mesmo disso?”, “é urgente?”, “consigo comprar à vista?”, “vou utilizar isso por quanto tempo?” etc. Ao fazer um questionamento rigoroso em cada aquisição, você evitará o consumo por impulso. Sempre que possível, busque lidar com o dinheiro de forma racional, e não emocional.

Procure organizar o seu planejamento financeiro pessoal de modo a conseguir pagar com antecedência contas que tenham descontos para quitação antes do prazo, como o IPTU em cota única. Muitas vezes o valor abatido, num caso assim, é maior do que o rendimento de uma aplicação financeira.

Como já mencionamos antes, existem os gastos fixos e os variáveis. Nem sempre é fácil economizar naquelas dívidas que possuem valores iguais todos os meses, contudo, é possível gastar menos com as contas que dependem do consumo da pessoa. Ao mudar hábitos e ao evitar desperdícios, você provavelmente vai ter certa quantia a mais no final do mês. Para tornar isso realidade, é importante que você observe cada gasto, de modo a identificar oportunidades de cortes.

Para economizar no dia a dia, tenha cuidado também com consumos aparentemente inofensivos, como cafezinhos, lanches, estacionamentos etc., que possuem valor unitário baixo, mas que somados podem pesar no orçamento no final do mês. De preferência, estabeleça uma cota na sua renda para esse tipo de despesa e não ultrapasse os limites. Para tanto, você terá que anotar os valores gastos diariamente, para não cair na “contabilidade mental”.

Conheça os principais erros de um planejamento financeiro

Plantio e colheita possuem uma relação muito direta. Se algo foi feito de forma errada antes, o resultado tende a ser ruim depois. Na elaboração do planejamento financeiro pessoal também existe uma forte ligação entre causa e consequência.

Há pessoas que de início se animam com a possibilidade de acumular dinheiro e logo começam a executar o planejamento financeiro pessoal. Contudo, na primeira oportunidade de adquirir um produto em promoção, elas esquecem o que foi programado e prejudicam a conquista dos objetivos propostos. Portanto, se não houver disciplina na execução do planejamento, os resultados positivos dificilmente virão.

Ainda assim, você não pode cair em outro erro, que é ser rígido demais na prática do que foi programado com antecedência. Como você deve saber, existem mudanças na economia de tempos em tempos, logo, dificilmente você encontrará situações estáticas pelo seu caminho. Dessa maneira, revise o seu planejamento financeiro pessoal em datas previamente definidas. Por exemplo, se você começou a ter uma renda maior, é claro que precisará dar uma destinação correta para ela, não é mesmo? Logo, você terá que alterar a sua programação. Num caso assim, só cuide para não gastar aquela renda não esperada toda de uma vez, afinal, pode ser apenas o reflexo de uma situação temporária. Logo, é melhor guardar a quantia para um momento mais difícil no futuro.

Mais um deslize na execução do planejamento financeiro pessoal é a não realização do fluxo de caixa. Com esse instrumento, é possível mensurar o que entra e o que sai nas suas finanças pessoais. Dessa maneira, você pode rastrear o seu dinheiro. Entretanto, para essa prática de fato dar resultado, é necessário que ela seja feita à risca. Afinal, se algo não for anotado, haverá distorções nos valores finais. Para não se esquecer de registrar pequenos atos, pode ser útil você utilizar um aplicativo para gerenciamento do planejamento financeiro pessoal.

Além de tudo isso, você precisa assumir uma postura realista na hora de executar o seu orçamento. Se você trabalha com vendas, por exemplo, é recomendável você ter uma margem de segurança nas previsão das suas receitas, afinal, esse tipo de renda é variável. Como você bem sabe, há meses em que se ganha mais, enquanto em outros se recebe menos. Por isso, não faça o seu orçamento com base no maior valor da sua receita, mas sim de acordo com um valor “pé no chão”.

Com certo tempo de negócio próprio, você já saberá a sua média de receita para os seus gastos pessoais, contudo, até não ter uma métrica confiável, é melhor ser prudente na hora de realizar os seus gastos.

Veja como construir o seu patrimônio

O objetivo de grande parte dos indivíduos que começa um planejamento financeiro pessoal é acumular riqueza e construir um patrimônio. Se você executar a sua programação com disciplina, é provável que conquistará essa meta. Mesmo assim, se quiser chegar mais rápido ao sucesso financeiro, é interessante que você tenha o seu próprio negócio. Dessa forma, você não limita a sua renda, como ocorre com quem é assalariado.

Tenha em mente que, para construir patrimônio, você deve ter um trabalho consistente no longo prazo. Raramente uma riqueza sólida é feita de muitos altos e baixos. Por isso, busque se organizar financeiramente, para gerar excedente todos os meses, de modo a fazer investimentos e a multiplicar o próprio dinheiro.

Na hora de contabilizar a sua riqueza, não se esqueça de considerar somente o patrimônio líquido, ou seja, os ativos já descontados de todas as obrigações, como dívidas, financiamentos etc. Muita gente que possui um carro ainda não quitado pensa ter adquirido um patrimônio, mas, no fundo, tem uma dívida para quitar. Para não cair nesse tipo de pensamento, acompanhe periodicamente o patrimônio líquido pessoal e também da sua empresa. Dessa maneira, você terá uma visão real do seu estágio financeiro.

Conclusão

O planejamento financeiro pessoal é uma excelente técnica para se lidar de modo racional com o dinheiro. Ao agir e decidir com antecipação, você evita erros na gestão das suas finanças. Com a elaboração de um orçamento mensal, você ainda possui um “norte” para não gastar além das suas possibilidades.

Se a sua opção é construir patrimônio, além desse planejamento pessoal, é recomendável buscar independência financeira por meio de um negócio próprio. Contudo, não se esqueça jamais de separar as suas contas individuais da movimentação financeira da empresa. Desse jeito, você cria as bases necessárias para acumular riqueza de forma sustentável ao longo da sua vida profissional.

Você já realiza o seu planejamento financeiro pessoal? Como elabora e executa essa programação? Conte sua experiência nos comentários aqui do blog. Participe!

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